Diário de bordo

Sou um escritor iniciante, cuja a maior paixão é mexer com a imaginação e as emoções das pessoas. Como um eterno viajante, passo a vida navegando por mundos imaginários e vivendo aventuras sem fim. Criei esse blog inspirado em alguns escritores profissionais que relatam seu dia a dia, suas dificuldades e experiências em criar universos fantasticos. Acompanhe-me nessa viagem, mas tenha cuidado; Uma vez que se deixe levar pela fantasia, não há mais volta.

segunda-feira, abril 24, 2006

Um Novo Projeto

Recentemente comecei a tocar um novo projeto que espero dar frutos em um futuro não muito distante. Estou juntamente com uma amiga jornalista desenvolvendo uma idéia de uma revista voltada para novos escritores que, como eu, não possuem um espaço para divulgar seu trabalho.

É curioso como o Brasil aparentemente não dá muito espaço para escritores iniciantes. Nos EUA existe uma revista (que não vou lembrar o nome agora) que a cinquenta anos vem cumprindo o propósito que pretendo com meu projeto, dar espaço a novos autores.

Em suas páginas foram publicados muitos clássicos da ficção e da fantasia, dando visibilidade a autores que viriam a se tornar famosos.

Estamos trabalhando duro para que esse projeto saia do papel e devo dizer que a presença de uma segunda pessoa empolgada com a idéia é o que esta me dando força para seguir em frente. Torçam por nós

segunda-feira, abril 17, 2006

Críticas

Hoje recebi a primeira crítica realmente negativa sobre um de meus trabalhos. A crítica partiu de um dos membros da comunidade de jovens escritores (que expliquei no post da semana passada).

Talvez o que tenha me incomodado mais foi o fato da critica ter sido dada em cima de um texto que para mim é muito pessoal e especial. O mesmo texto que ajudou a me decidir em ser um escritor (leia o post: Por que quis ser escritor).

O fato é que todo escritor gosta de fantasiar que uma crítica ruim ocorre porque o leitor, esse ser ingrato e limitado, é incapaz de compreender as nuances e o sentimento por trás de seu trabalho. Felizmente essa não é a verdade.

Se pretendo ser escritor, tenho sim de aprender a lidar com as inúmeras criticas que receberei ao longo da vida. Já dizia meus pais que é impossível se agradar Gregos e Troianos e que nem Jesus conseguiu agradar todo mundo.

Em minha defesa, posso dizer que esse foi um dos meus primeiros contos, escrito mais na forma de um desabafo do que respeitando e seguindo regras de estilo. É fato que ele agradou algumas pessoas (talvez trenha ficado melhor narrado do que no papel) e de que vai desagradar tantas outras. O importante é seguir trabalhando, melhorando meu estilo e esperar por criticas melhores um dia.

E quem sabe, daqui a alguns anos eu não possa olhar para esse texto novamente e concordar em gênero, número e grau com meu crítico.

segunda-feira, abril 10, 2006

Entre Escritores

A pouco mais de um mês tive a oportunidade única de integrar uma lista de discussão com o objetivo de colocar meus trabalhos a prova.

A Fábrica dos Sonhos é composta por escritores iniciantes como eu, que, propõe entre sí desafios e exercicios de escrita, dividindo críticas e sugestões em seus trabalhos. A maioria de seus membros é adepta da ficção cientifica, sendo que sou um dos únicos escritores de fantasia de lá

São diversos os desafios propostos, mas pela minha própria dificuldade em me entender nessa lista, por hora, eu apenas aceitei um desafio.

A proposta era escrever um conto com o tema dragões (sem limite definido), sendo que as criticas sobre ele foram a principio muito bem recebidas. Como a maioria dos contos que escrevo, esse foi feito meio que "por instinto", tendo eu sentado uma noite e escrito do começo ao fim.

A votação para o melhor conto do mês já começou (são quatro os concorrentes). Vamos torcer para que as boas criticas gerem ai uma escolha de conto do mês. Apesar de estar entre meus pares, um prêmio desses já é um excelente começo.

segunda-feira, abril 03, 2006

A História sem Fim


No último post a respeito do ritual de preparação para cada vez que me sento para escrever, vocês devem se lembrar que uma das músicas que coloco para começar a me inspirar é o tema do filme A História sem Fim.

Eu nunca falei sobre isso muito abertamente, mas posso dizer que esse filme influenciou em muito a minha infância e meu gosto por criar mundos e escrever histórias.

Para quem é muito novo (ou muito velho) para se lembrar desse filme, ele conta a história de Bastian, um garoto comum que era atormentado por seus colegas de escola. Um dia ele entra em uma livraria e rouba um estranho livro de capa de couro, correndo para o porão de sua escola para lê-lo. Ali ele descobre o mundo de Fantasia, um mundo mágico que esta sendo destruido por uma força devastadora, o Nada!

Aqui vai um grande spoiler do filme que se faz necessário para que entendam o sentido desse post. Em dado momento, após acompanhar as aventuras de Atreyu em busca da cura para o Nada, Bastian se da conta que somente ele é capaz de salvar o mundo da destruição (uma vez que o Nada é, na verdade, o afastamento gradual das pessoas modernas da fantasia e dos sonhos). No final apenas um único grão de areia resta de Fantasia e cabe a Bastian usar esse novo poder para reconstruir fantasia da forma como ele sonhasse.

Naquele momento tudo o que eu queria era estar no lugar dele. Ter o poder de criar um mundo completamente novo e ainda se vingar de seus malvados colegas de escola (eu tinha um problema parecido, talvez por isso tenha me identificado com ele).

Acho que a partir daquele dia, mesmo que em meu subconsciente, eu iniciei minha própria jornada para derrotar o Nada. Coloquei o Auryn em meu pescoço e comecei a criar minha própria Fantasia aonde as pessoas pudessem resgatar seus sonhos e sua infância.

O grande prazer que sinto em escrever é ver como algumas pessoas reagem aquilo que crio, como uma história ou uma cena podem resgatar e capturar a imaginação, fazendo do leitor (assim como Bastian) parte da história.

A luta contra o Nada é desigual uma vez que as pessoas estão cada dia mais apressadas, cada dia mais corporativadas e mais conformadas que o mais importante é ganhar muito a qualquer custo. Enquanto eu puder escrever e enquanto as pessoas se interessarem em ler o que escrevo, a batalha para mim, não estará perdida.