Diário de bordo

Sou um escritor iniciante, cuja a maior paixão é mexer com a imaginação e as emoções das pessoas. Como um eterno viajante, passo a vida navegando por mundos imaginários e vivendo aventuras sem fim. Criei esse blog inspirado em alguns escritores profissionais que relatam seu dia a dia, suas dificuldades e experiências em criar universos fantasticos. Acompanhe-me nessa viagem, mas tenha cuidado; Uma vez que se deixe levar pela fantasia, não há mais volta.

segunda-feira, abril 03, 2006

A História sem Fim


No último post a respeito do ritual de preparação para cada vez que me sento para escrever, vocês devem se lembrar que uma das músicas que coloco para começar a me inspirar é o tema do filme A História sem Fim.

Eu nunca falei sobre isso muito abertamente, mas posso dizer que esse filme influenciou em muito a minha infância e meu gosto por criar mundos e escrever histórias.

Para quem é muito novo (ou muito velho) para se lembrar desse filme, ele conta a história de Bastian, um garoto comum que era atormentado por seus colegas de escola. Um dia ele entra em uma livraria e rouba um estranho livro de capa de couro, correndo para o porão de sua escola para lê-lo. Ali ele descobre o mundo de Fantasia, um mundo mágico que esta sendo destruido por uma força devastadora, o Nada!

Aqui vai um grande spoiler do filme que se faz necessário para que entendam o sentido desse post. Em dado momento, após acompanhar as aventuras de Atreyu em busca da cura para o Nada, Bastian se da conta que somente ele é capaz de salvar o mundo da destruição (uma vez que o Nada é, na verdade, o afastamento gradual das pessoas modernas da fantasia e dos sonhos). No final apenas um único grão de areia resta de Fantasia e cabe a Bastian usar esse novo poder para reconstruir fantasia da forma como ele sonhasse.

Naquele momento tudo o que eu queria era estar no lugar dele. Ter o poder de criar um mundo completamente novo e ainda se vingar de seus malvados colegas de escola (eu tinha um problema parecido, talvez por isso tenha me identificado com ele).

Acho que a partir daquele dia, mesmo que em meu subconsciente, eu iniciei minha própria jornada para derrotar o Nada. Coloquei o Auryn em meu pescoço e comecei a criar minha própria Fantasia aonde as pessoas pudessem resgatar seus sonhos e sua infância.

O grande prazer que sinto em escrever é ver como algumas pessoas reagem aquilo que crio, como uma história ou uma cena podem resgatar e capturar a imaginação, fazendo do leitor (assim como Bastian) parte da história.

A luta contra o Nada é desigual uma vez que as pessoas estão cada dia mais apressadas, cada dia mais corporativadas e mais conformadas que o mais importante é ganhar muito a qualquer custo. Enquanto eu puder escrever e enquanto as pessoas se interessarem em ler o que escrevo, a batalha para mim, não estará perdida.

3 Comments:

Blogger Mari - Ceres said...

Preciso rever esse filme!=)

E ainda bem que existem pessoas como vc, mantendo a fantasia viva. O mundo seria mto chato sem ela. =)

8:16 AM  
Blogger Ana said...

Com outras palavras, você disse exatamente o que sinto. Fico feliz em conhecer mais uma pessoa que acredita em seu próprio potencial e luta para não deixar que Fantasia se transforme em... Nada.

Abraços, espero que voltemos a nos encontrar!

10:14 AM  
Blogger Babi said...

Oie!

Olha, você pode se encher e ficar orgulhoso, mas eu acho muito bacana essa sua inspiração pra escrever. Quem dera eu tê-la! Vc sabe que eu fiquei viciada em escrever textos curtos, objetivos e concisos, aí fica difícil cair no mundo da imaginação e soltar o verbo, literalmente.

Vou pegar algumas dicas do seu ritual, quem sabe sai alguma coisa. E trilhas sonoras são legais. Só não vale a do Willy Wonka porque ao invés de escrever eu dou risada. =)

Beijos!

10:55 PM  

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