Diário de bordo

Sou um escritor iniciante, cuja a maior paixão é mexer com a imaginação e as emoções das pessoas. Como um eterno viajante, passo a vida navegando por mundos imaginários e vivendo aventuras sem fim. Criei esse blog inspirado em alguns escritores profissionais que relatam seu dia a dia, suas dificuldades e experiências em criar universos fantasticos. Acompanhe-me nessa viagem, mas tenha cuidado; Uma vez que se deixe levar pela fantasia, não há mais volta.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Um Cristo para me Ouvir

Já que falei de Margareth Weiss em um post anterior, vou mencionar uma coisa que descobri termos em comum. Vale lembrar que sempre fiz isso de forma institntiva, sem nunca ter lido nada a respeito antes dessa entrevista. Ao descobrir isso (e outras coisas que irei contar em outros posts) fico cada dia mais convencido que o exercicio de escrever histórias faz parte de algum tipo de inconsciente coletivo, aonde os escritores amadores e profissionais compartilham de alguns hábitos comuns.

Mas vamos a história. Durante a entrevista eu lhe perguntei como ela fazia para amadurecer suas idéias e histórias e ela me surpreendeu dizendo: "Eu conto para alguém".
No caso dela, esse alguém é o também escritor e colega Tracy Hickman (eles ja escreveram livros juntos). e a explicação não poderia ser mais simples:

" Eu conto para que também possa memorizar e reforçar as idéias. Por outro lado eu percebo as reações da outra pessoa enquanto explico minha idéia enquanto ela contribui me apontando algumas falhas ou coisas que não fazem muito sentido"

Bem, o meu "Tracy Hickman" se chama Ricardo e é um amigo de mais de dez anos que tenho praticamente como irmão. Ele gosta bastante de criar coisas (tem diversos cadernos com anotações), mas até onde eu sei ainda mantém sua sanidade (alguns duvidam) e portanto ainda não começou a escrever um livro.

Eu perdi a conta da quantidade de vezes em que lhe liguei para contar idéias para o reino da história, para pedaços da trama e para problemas que não conseguia achar solução. Por várias vezes ele me deu idéias, além de me apontar aquilo que achava estranho. É claro que é preciso filtrar esses comentários e selecionar aqueles mais relevantes mas posso afirmar que sua ajuda foi essencial. Posso quase dizer que de tanto me ouvir, ele já sabe quase todo o livro decor.

No meu livro novo, ainda não o torturei com minhas idéias e ligações telefônicas, mas ele pode ter certeza que ainda vai ter que me ouvir falar por horas... Esse menino vai pro céu com certeza!