Diário de bordo

Sou um escritor iniciante, cuja a maior paixão é mexer com a imaginação e as emoções das pessoas. Como um eterno viajante, passo a vida navegando por mundos imaginários e vivendo aventuras sem fim. Criei esse blog inspirado em alguns escritores profissionais que relatam seu dia a dia, suas dificuldades e experiências em criar universos fantasticos. Acompanhe-me nessa viagem, mas tenha cuidado; Uma vez que se deixe levar pela fantasia, não há mais volta.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Experimentando Sensações

Este post deveria ter sido publicado na semana passada, mas em decorrência dos acontecimentos do dia 14/01 ele acabou sendo atrasado. Essa história é bem mais antiga e coincidentemente tem muito a ver com o post anterior


Um dia eu estava na praia, dentro do mar até quase a cintura quando por alguma razão me ocorreu o seguinte pensamento: "Qual seria a sensação de um náufrago ao ser jogado na praia?"

Todos nós ja vimos essa cena em filmes, mas como sou um cara que não frequenta a praia com frequência achei que essa era uma boa experiência que podia utilizar em alguma história algum dia.

Lá fui eu até a parte rasa do mar (um pouco abaixo dos joelhos) e sem a menor cerimônia deitei na areia e deixei as ondas virem. No começo foi um pouco desconfortável tapar o nariz e a boca para não engolir água, mas com o passar dos minutos e a sensação do mar me jogando para a praia foi bastante interessante. Na minha mente eu procurava anotar tudo: A forma como meu corpo era empurrado, o barulho do mar, a sensação da areia, tudo o que pudesse ser usado um dia.

O que quis ilustrar com essa história (que deve ter causado estranhesa em muitos banhistas da região) é que a melhor forma de escrever sobre algo é tentar, na medida do possível, experimentá-la.

Antes que você pense, eu nunca tomei uma espada nas mãos e sai por ai acertando pessoas (se o tivesse feito, provavelmente teria ficado famoso com meu rosto estampado nas páginas policiais) mas ja tive a oportunidade de lutar duelos e batalhas de campo usando uma espada feita de espuma EVA.

Jonathan (o personagem do primeiro livro) surgiu desses jogos de capa e espada ao vivo, sendo que a cada partida eu conhecia mais e mais sobre esse alter ego. As relações com outras pessoas e as decisões que ele tinha de tomar forjaram boa parte de sua personalidade.

Um outro laboratório interessante que fiz foi com a personagem do meu próximo livro, a pirata Colleen. Eu joguei com ela por um ano atavés de um jogo eletrônico de interpretação chamado Neverwinter Nights.
As aventuras e relações experimentadas durante esse ano foram fundamentais para criar sua personalidade, seu jeito de agir e pensar, além de ter contribuido para que eu me apaixonasse por essa personagem e sentisse que era a hora de contar sua história. Além disso, outros personagens inesperados se uniram a sua história, enriquecendo a de uma forma que eu jamais seria capaz sozinho (leia o tópico sobre Personagens Alheios)

1 Comments:

Blogger Babi said...

Então, quer dizer que para escrever um livro sobre o Felipe Massa eu tecnicamente deveria vivenciar todo o seu cotidiano, né? E andar naquelas pistas ao redor do mundo a 300km por hora.

Brincadeiras à parte, deve ser interessante fazer esse tipo de estudo, claro que descontando os olhares estranhos alheios (coisa que me deixaria muito envergonhada).

Já sei... vou escrever um livro sobre piquete. Esse cotidiano eu conheço bem. Hehehehe...

Tá bom, vou trabalhar que é melhor!

Beijos!

9:05 AM  

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