Diário de bordo

Sou um escritor iniciante, cuja a maior paixão é mexer com a imaginação e as emoções das pessoas. Como um eterno viajante, passo a vida navegando por mundos imaginários e vivendo aventuras sem fim. Criei esse blog inspirado em alguns escritores profissionais que relatam seu dia a dia, suas dificuldades e experiências em criar universos fantasticos. Acompanhe-me nessa viagem, mas tenha cuidado; Uma vez que se deixe levar pela fantasia, não há mais volta.

domingo, dezembro 11, 2005

Somos um país de escritores

A frase acima poderia ser esperada quando falando de algum país europeu como Finlândia ou qualquer lugar com um acesso culturam amplo.
Mas na verdade, o Brasil é sim um grande celeiro de escritores, mas aquilo que me preocupa é: teremos leitores para tudo isso?

O Orkut foi uma grande ferramenta para essa percepção. A quatro anos, quando comecei a escrever meu livro, me sentia realmente especial e diferente, ja que na minha cabeça sair escrevendo um livro não era algo que qualquer um se disporia a fazer.

Hoje parece existirem autores saindo pelo ladrão. Não que isso pretenda desmerecer o trabalho de ninguém, pois acho que eu sobretudo entendo essa necessidade de se expressar de alguma forma.

Agora vem meu maior medo: O que fazer para ser diferente nesse oceano de idéias? Como se destacar entre tantos e não apenas engrossar a massa de pessoas com muitas idéias e poucas oportunidades.

Não digo que seja raro ver alguém lendo no metrô ou ônibus, mas reparem, os livros são quase sempre os mesmos. O que sempre vejo são livros no melhor estilo Zibia Gaspareto, literatura nacional clássica (o famoso livrinho de vestibular) e os imperdiveis Código Da Vinci e Harry Potter.

Me pergunto...aonde estão os livros de fantasia que vejo nas prateleiras das livrarias? será que eles permanecem lá para sempre ou será que o leitor médio dessas obras as reserva para ler no conforto do seu lar?

Eu ja entrei na roleta russa das editoras e agora não existe caminho de volta. Como bom Geminiano que sou, tenho o péssimo hábito de achar que aquilo que escrevo não é bom o bastante. Resta esperar os seis meses de prazo pedidos para uma resposta.

Se der com os burros n´água o jeito é arregaçar as mangas e esvasiar os bolsos e partir para uma campanha solo. O autor de Eriandon conseguiu esse feito (ok, foi nos EUA, a terra do consumismo), mas hey, não me culpem por tentar. Só estou tentando cumprir meu papel aqui na terra de acordo com aquele velho ditado:

"Todo homem deve realizar três coisas em sua vida: Plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro"

Já fiz duas em três (a árvore, e não o filho) e só gostaria que algumas pessoas tivessem paciência de ler a terceira.