Diário de bordo

Sou um escritor iniciante, cuja a maior paixão é mexer com a imaginação e as emoções das pessoas. Como um eterno viajante, passo a vida navegando por mundos imaginários e vivendo aventuras sem fim. Criei esse blog inspirado em alguns escritores profissionais que relatam seu dia a dia, suas dificuldades e experiências em criar universos fantasticos. Acompanhe-me nessa viagem, mas tenha cuidado; Uma vez que se deixe levar pela fantasia, não há mais volta.

segunda-feira, julho 17, 2006

Ponto de Apoio

Outro dia eu estava saindo de uma entrevista de emprego em uma empresa que eu queria muito trabalhar. Acontece que no final das contas, a entrevista acabou não dando certo e eu chateado fui até o ponto de ônibus para ir embora para casa. Parado ali eu fiquei pensando, tendo uma das minhas crises de realidade e maquinando que talvez devesse ter deixado essa "bobagem" de escritor para trás, estudado que nem um louco e entrado em alguma multinacional para ganhar muito dinheiro e ser mais um dos homens estressados das estatisticas.

Bom, eis que um amigo que trabalhou comigo por um ano acabou me encontrando. Já fazia mais de seis meses que não o via pessoalmente (tirando as raras conversas no MSN). O cara é um excelente designer, faz ilustrações fantásticas e manja muito de comunicação visual. Ele veio me perguntar o que eu fazia por aquelas bandas e eu resumidamente contei sobre o trampo. Ele então, do nada falou:
- Eu acho que você devia investir naqueles seus livros lá.

Foi muito legal ouvir aquilo de forma tão espôntanea. Ele ja havia me dito que se não conseguisse uma editora para publicar meu original, ele teria um enorme prazer em fazer a capa para mim. Conversamos por alguns minutos e ao nos despedirmos a última coisa que ele me falou foi:

- No que você precisar cara, pode contar comigo.

É engraçado como as vezes Deus nos da uma lição de moral e nos mostra que não devemos desistir daquilo que sonhamos.

Eu acredito que de todas as sete artes reconhecidas academicamente, a literatura (juntamente com a escultura e a pintura) é a mais solitária delas. Diariamente o artista se vê frente á frente com um enorme bloco de pedra áspero e sem vida e cabe a ele transformar esse bloco (que pode ser um monte de argila, uma tela de pano ou uma folha de papel em branco.) em algo que encha os olhos e inspire aquele que o ver.

É nesse ponto que os amigos se tornam importantes, pois eles são o ponto de apoio que o escritor muitas vezes precisa para seguir em frente. Toda vez que vejo que alguém passou alguns minutos de seu dia lendo o que tenho escrito aqui, isso me enche de energia para continuar escrevendo e contando o meu dia a dia como escritor iniciante.

Houve outros casos de amigos que extenderam sua mão para me apoiar em um momento mais delicado. A tia da minha namorada (revisora profissional) se dispôs a revisar meu original sem pedir nada em troca pelo simples fato de acreditar um pouquinho nesse sonho. Existe ainda aquele que emprestou seu ouvido e paciência (leia o post: Um Cristo para me Ouvir) para me ajudar a moldar minha história, pescando incoerências e dando idéias de como seguir em frente.

Aproveito esse post para agradecer a todos que me apoiam de alguma forma, sendo me ajudando a tornar esse sonho realidade, sendo visitando esse blog e deixando suas opiniões ou simplesmente aqueles que torcem para que esse sonho se realize.

Enquanto houver razões para postar coisas nesse blog, eu irei continuar escrevendo e espero que continuem seguindo essa viagem comigo

1 Comments:

Blogger Ana said...

Você tem razão, Cláudio. Eu também devo muito a amigos que me apoiaram na hora do medo e das dúvidas. Sem falar em minha irmã e meu cunhado, profissionais das artes gráficas, que fizeram toda a editoração e as capas dos meus livros.

Doris Lessing, uma autora que admiro muito, comentou em sua autobiografia que é muito mais importante nossos textos serem lidos e comentados pelas pessoas que amamos, que os criticam cuidadosamente sem a intenção de "arrasar", do que termos nossos trabalhos "dissecados" por editores e críticos profissionais. Eu concordo ipsis litteris, principalmente na primeira fase de um trabalho, quando sabemos que as coisas ainda podem mudar e precisamos mais de encorajamento do que de críticas.

Abração,

Ana

10:47 AM  

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