Diário de bordo

Sou um escritor iniciante, cuja a maior paixão é mexer com a imaginação e as emoções das pessoas. Como um eterno viajante, passo a vida navegando por mundos imaginários e vivendo aventuras sem fim. Criei esse blog inspirado em alguns escritores profissionais que relatam seu dia a dia, suas dificuldades e experiências em criar universos fantasticos. Acompanhe-me nessa viagem, mas tenha cuidado; Uma vez que se deixe levar pela fantasia, não há mais volta.

segunda-feira, julho 10, 2006

Cenas que não quero escrever

Essses dias eu estava tentando escrever uma cena, mas ela simplesmente se recusa a sair da minha mente para o papel. Como qualquer atividade criativa, ser um escritor é como estar em uma montanha russa: Uma hora você esta subindo, na outra despencando e em outras ainda virado de ponta cabeça.

O que quero dizer com isso é que existem cenas para um livro que você fica maturando por dias, semanas e até meses e mal pode esperar o momento em que terá de coloca-las no papel. Esses são momentos de pura empolgação quando começo a escrever como se meu corpo fosse tomado por algum espirito maluco que não me deixa sair da frente do computador até estar tudo pronto. É claro que mesmo a cena mais empolgante nunca sai perfeita e precisará de constantes revisões até adquirir sua forma final.

Existem no entanto algumas outras cenas que me vejo obrigado a escrever. Situações necessárias para explicar ao leitor sobre o mundo onde ele esta viajando ou para que conheça melhor um determinado personagem. Essas cenas costumam sair truncadas, tendo de serem escritas ao longo de vários dias e muitas vezes constantemente deletadas até me satisfazerem. Quando acabao de faze-las me sinto aliviado, como se tivesse tirado um enorme peso das costas.

O curioso é que, como um bom vinho, uma história precisa amadurecer, maturar por algum tempo para se tornar saborosa de ler. Já aconteceu mais de uma vez de cenas que eu não me sentia inspirado a fazer se tornarem interessantes para mim no futuro. Talvez no momento em que vejo o quanto ela foi importante para encaixar todos os elementos, começo a lhe dar valor e tento melhora-la até o ponto em que realmente passe a gostar dela.

Isso também acontece com personagens que muitas vezes surgem por necessidade na história e ao longo do tempo começam a adquirir importância na trama. No livro que estou escrevendo atualmente aconteceu exatamente isso. Um personagem que só deveria figurar por uma unica cena se tornou importante e tenho certeza que me será muito util num futuro não muito distante.

2 Comments:

Blogger Marti said...

É a história tomando conta do escritor.

=)

5:41 PM  
Blogger Ana said...

Isso é perfeitamente normal, principalmente em textos mais longos. É um teste para a nossa disciplina.

Pela minha experiência te digo que, apesar da dificuldade em escrevê-las, as "imperfeições" que vemos nessas cenas (porque elas não nos empolgam) desaparecem quando lemos todo o texto, algum tempo depois, para fazer a primeira, segunda ou terceira revisão. É quando estamos com a cabeça mais fria: passou a "febre ficcional" e conseguimos avaliar o texto como um todo.

Beijos!

2:04 PM  

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