Diário de bordo

Sou um escritor iniciante, cuja a maior paixão é mexer com a imaginação e as emoções das pessoas. Como um eterno viajante, passo a vida navegando por mundos imaginários e vivendo aventuras sem fim. Criei esse blog inspirado em alguns escritores profissionais que relatam seu dia a dia, suas dificuldades e experiências em criar universos fantasticos. Acompanhe-me nessa viagem, mas tenha cuidado; Uma vez que se deixe levar pela fantasia, não há mais volta.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Escrevendo com Baixa Tecnologia

Atualmente tenho vivido um certo dilema em minhas histórias. O contraste entre o mundo tipico da fantasia medieval e a atração por outras opções mais futuristas.

Não que esteja cogitando em colocar naves espaciais ou robôs em minhas histórias, nem tão pouco trocar a capa e espada pela armadura e o laser, mas tenho notado que cada vez mais minhas inspirações tem sido mais "renascentistas" do que "medievais"

O principal problema é que o mundo onde se passam minhas histórias não foi criado exclusivamente por mim e sim por um grupo de amigos (já falei isso antes) e nós acordamos que o limite da tecnologia bélica não chegaria até a pólvora.

O livro que estou escrevendo atualmente (com piratas no plot central) já sofre um pouco com essa "baixa tecnologia da idade média". Imagine como é escrever sobre bucaneiros e corsários atacando navios sem disparar suas armas de fogo. Como é descrever um combate sem o estrondo dos canhões e dos mosquetes?. A solução que encontrei para isso foi utilizar armas medievais (balistas e bestas) que acabam servindo a um propósito semelhante.

No entanto, esses problemas acabam propondo desafios interessantes como adaptar tecnologias mais "modernas" a esse universo. Recentemente descrevi de forma detalhada uma caixa de música mecânica que causou assombro em um dos personagens. Em uma outra ocasião desenvolvi uma espécie de "caminhão de bombeiros" que bombeava água de um rio através da força humana. Essas são tecnologias que seriam de certa forma "plausíveis" na era medieval uma vez que não exigiam nenhum elemento que eles não tivessem disponiveis a época (como plásticos ou eletricidade).

Por conta disso, tenho namorado a idéia de um quarto livro (o terceiro ja tenho em mente) que se passe alguns séculos no futuro e que envolva tecnologias um pouco mais complexas como aviões e balões. É claro que não pretendo descaracterizar o mundo que criei até aqui, sendo que tentarei criar essas tecnologias de forma a parecerem verossimeis em um universo de fantasia medieval. Ainda sim esse será um mundo bem diferente do que o nosso, como o conhecemos hoje.

2 Comments:

Blogger Ana said...

Deve ser difícil mesmo escrever sobre bucaneiros sem pólvora... afinal, você mesmo disse que seu material de pesquisa é principalmente sobre a era de ouro da pirataria. No meu caso, o grande problema foi vela X remo. Tive que descrever um barco bem pequeno, à vela, que até poderia ser movido por remos se necessário, mas não havia gente suficiente para isso a bordo. Ainda bem que o piloto deles é um mago e sabe "chamar o vento"!

Que bom que você resolveu o problema desse livro. A idéia para o próximo também parece interessante. Desejo boa sorte!

Abração

Ana

10:46 AM  
Anonymous Anônimo said...

a coisa fica tipo futuro apocaliptico a ideia é boa viu... baloes hum.. D&D as vezes me parece tão atrasado com os seus magos e clerigos. mas a coisa tem que se na tora mesmo! forca fera, mas quero receber um edição de graça viu? mesmo que seja por email

12:04 AM  

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